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11 de agosto de 2025Se você acompanha o universo do branding, já deve ter notado que algumas marcas vêm se destacando por um motivo que vai além do produto, da estética ou da comunicação publicitária.
Elas não querem apenas atenção — elas querem provocar.
Enquanto muitas marcas ainda tentam se manter dentro da cartilha tradicional (consistência visual, exclusividade planejada, glamour como ferramenta de desejo), outras estão escolhendo quebrar o script.
E estão conseguindo algo que muitas empresas tentam há anos: conversar com uma nova geração, sem soar forçado.
É nesse contexto que surgem nomes como Telfar, Jacquemus e MSCHF — três marcas que parecem caminhar em direções completamente diferentes, mas que compartilham uma mesma premissa:
elas não querem seguir uma lógica linear de construção de marca.
O que significa construir um branding não-linear?
Significa sair do caminho esperado.
Significa abrir mão da perfeição polida e abraçar o risco criativo.
Significa trocar a fórmula por intenção, o controle por provocação, o script por cultura.
Ao adotar esse tipo de abordagem, a marca deixa de tentar moldar um comportamento e passa a acompanhar — e até tensionar — o movimento cultural que já existe.
Mais do que consistência visual, ela entrega posicionamento emocional.
Mais do que status, ela oferece identificação real.
Mais do que vender um produto, ela convida o público a pensar junto — e muitas vezes, a questionar o próprio sistema.
Telfar: acessível, mas com propósito.
A Telfar talvez seja o exemplo mais direto de como romper com o velho conceito de exclusividade pode, ironicamente, tornar uma marca ainda mais desejada.
Seu slogan, “Not for you — for everyone”, resume a filosofia de uma marca que optou por democratizar o acesso, sem abrir mão do estilo ou da identidade.
A famosa shopping bag da marca se tornou símbolo de inclusão, orgulho e pertencimento, especialmente dentro da comunidade negra e LGBTQIA+.
A lógica aqui não é da escassez como valor, mas da comunidade como capital.
Telfar não construiu um público: construiu uma cultura ao redor da ideia de que luxo também pode ser acessível — e que isso, em si, já é uma forma de ruptura.
Jacquemus: poesia visual e desejo contemporâneo.
Já Jacquemus brinca com o tempo, com o espaço e com os sentidos.
A cada desfile, campanha ou lançamento, o estilista francês cria universos estéticos que desafiam os padrões de uma indústria acostumada a ciclos previsíveis.
Seus cenários improváveis, as peças que viram memes e o equilíbrio entre minimalismo e humor criam uma linguagem que é, ao mesmo tempo, sofisticada e espontânea.
O branding da Jacquemus não se baseia apenas naquilo que é dito — mas naquilo que é sentido.
E isso tem um impacto profundo em uma geração que busca conexão, afeto e identidade nos lugares onde antes se buscava apenas status.
MSCHF: caos como estratégia consciente.
Se Telfar e Jacquemus caminham entre a sensibilidade e o posicionamento, a MSCHF simplesmente rompe com qualquer tipo de lógica.
Criando produtos que mais parecem provocações artísticas do que itens comerciais, a marca flerta com o absurdo de maneira calculada — e muito bem pensada.
O “Big Red Boot”, os chinelos feitos com bolsas Birkin, o tênis com sangue humano: cada lançamento da MSCHF é um manifesto visual sobre cultura, consumo e ironia.
E, apesar do tom provocativo, nada ali é gratuito.
A MSCHF sabe exatamente com quem está falando — e sabe que, para essa audiência, a quebra de expectativa é a única expectativa.
Por que isso importa para quem constrói marca hoje?
Porque as regras mudaram. E o que antes era diferencial, agora é ponto de partida.
Ter um bom design, um produto de qualidade e um feed alinhado deixou de ser um bônus — virou o básico.
O que diferencia uma marca hoje é sua capacidade de gerar conversa, de se posicionar com coragem e de refletir, com verdade, o mundo em que está inserida.
Marcas que escolhem o branding não-linear não querem só vender — querem pertencer a um movimento maior.
E esse movimento é feito de identidade, cultura, contradição, coragem.
Na VBPO, a gente estuda marcas que escolhem sair do óbvio — porque hoje, comunicar exige mais do que seguir fórmulas. Quer aplicar isso na sua marca? Explore nosso blog e veja como se posicionar com cultura e intenção. Leia agora.